Inserido no contexto norte-americano dos anos 40, o cinema noir teve forte influência do expressionismo alemão da década de 20. Os filmes noir remetem ao mundo brutal do crime e da corrupção. O estilo foi satirizado em Cliente morto não paga (1982) em que o comediante Steve Martin contracena com uma colagem de sequências dos clássicos noir do passado.
Segundo Fernando Mascarello, no cinema noir “os protagonistas, com frequência detetives particulares, são cínicos solitários que transitam por becos mal-iluminados, hotéis degradados e bares melancólicos. Corruptos e mercenários, revelam-se heróis durões, exceto quando se trata de mulheres – em geral, femmes fatales tão irresistíveis quanto amorais e ambíguas”.
Filmes noir frequentemente fazem uso da
narração em off, em primeira pessoa. O ator Humphrey Bogart foi o primeiro
astro do noir, ao dar vida a um detetive particular em Relíquia Macabra, de
1941, dirigido por John Huston. O cinema noir teve desenvolvimento também na
França. O estilo persistiu durante algumas décadas e deixou marcas
importantes no cinema posterior.
Principais características
do noir: uso do contraste claro-escuro, ambientes claustrofóbicos, influência
da literatura policial, complexidade da trama e uso de flashbacks, narração
over, uso de sombras, ângulos inusitados (plongée), ambientação urbana noturna,
ruas escuras e desertas, entre outras características.
BERGAN, Ronald. Ismos: para entender o cinema. São Paulo: Globo, 2010.
MASCARELLO, Fernando. História do cinema mundial. Campinas, SP:
Papirus, 2012.
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