Dois anos após perder a Primeira Guerra Mundial, a Alemanha chocava o mundo com o filme O Gabinete do Dr. Caligari (Robert Wiene, 1920). O filme tinha um enredo de pesadelo, com cenários bizarros, e tornou-se um clássico, provocando importantes discussões sobre as possibilidades artísticas e expressivas do cinema.
Entre as características do expressionismo tem-se: mundo interno do personagem como elo central para a trama, uso dos cenários para explicitação emocional, iluminação como recurso de grande poder, uso exagerado de maquiagem, figurinos estilizados, ligação com o gótico, efeitos dramáticos de luz e sombra, vilões com poderes sobrenaturais, simbologias macabras, temas mórbidos, uso recorrente de sombras e espelhos.
Este tipo de cinema provoca
sentimentos de inquietação e desconforto.
A interpretação dos atores está repleta de exageros e de movimentos com
impacto visual. Apresenta aspecto de atemporalidade, que era também proposta da
arte expressionista. O expressionismo no
cinema representa uma experiência cinematográfica autoral.
Este cinema visa captar a fundo o
estado de alma dos personagens. Por exemplo, no filme Fantasma (1922), de Murnau,
há uma cena há em que o ambiente todo gira quando o protagonista é dominado
pela vertigem.
Clássicos do cinema alemão
expressionista – O gabinete do Dr.
Caligari (1920), A morte cansada
(1921), Nosferatu (1922), Fantasma (1922), Dr. Mabuse: o jogador (1922), entre outros. A estética expressionista influenciou fortemente diretores como Alfred Hitchcock, Tim Burton, Ridley Scott, entre
outros.
O Expressionismo na arte – consiste em uma vertente de arte moderna popular na Europa após a Primeira Guerra Mundial. É uma forma de arte que convida o espectador a entrar em contato direto com o sentimento da obra. Trata de aspectos profundos do sentimento e faz uso da distorção das formas, com intuito de ressaltar as experiências interiores do artista.
MASCARELLO, Fernando. História do cinema mundial. Campinas,
SP: Papirus, 2012.
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